Na saga contínua das aventuras de Elon Musk no Twitter, vimos uma variedade de estratégias de negócios. Ele emitiu ultimatos. Ele assumiu compromissos com novas e ousadas estratégias de moderação que nunca se materializaram. Ele até encenou enquetes abertas sobre o futuro da plataforma. Correndo o risco de pisar na própria piada do homem, ele está jogando a pia da cozinha em seus problemas.
26 de outubro de 2022
A partir de 22 de novembro, Musk está tentando uma nova estratégia verdadeiramente notável: ele simplesmente não vai pagar o que ele deve.
Linha tênue entre genialidade e fraude
Bloomberg/Getty Images
Nós e o Times concordamos que Musk provavelmente pagará o que deve. Ele provavelmente está apenas jogando duro na negociação, buscando um acordo favorável ao acenar com a possibilidade de não pagamento. O Twitter está sob enorme pressão de dívidas: o Times relata US$ 13 bilhões em dívidas apenas com a aquisição. Musk provavelmente está, e compreensivelmente, frustrado por ter que pagar dívidas anteriores ao seu mandato, muitas delas contraídas por pessoas que não trabalham mais para ele.
Um problema maior pode ser o desejo de Musk de cortar os benefícios dos funcionários. De acordo com várias fontes, Musk trouxe aliados de longa data Steve Davis, Jared Birchell, que chefia o escritório da família de Musk, e Antonio Gracias, um amigo e ex-diretor da Tesla, incumbindo-os de cortar despesas e direcionar benefícios. Tudo, desde contas de despesas e cartões de crédito corporativos até a qualidade dos alimentos nos refeitórios, sofreu desde então.
Musk está jogando com fogo. O Twitter já mostrou sérios problemas com a retenção de funcionários durante o mandato de Musk. Tornar o Twitter um lugar menos agradável para trabalhar não vai ajudar. Além disso, recusar-se a pagar despesas obrigatórias contratualmente é ilegal no nível “tirar sua empresa de você e vendê-la como sucata”. Já tendo estado do lado errado da SEC e com uma possível investigação da FTC se aproximando, Elon Musk mostrou uma disposição preocupante para jogar frango com a aplicação da lei. Para as partes interessadas seriamente comprometidas com o Twitter como praça pública digital, travessuras como essa ameaçam o valor da plataforma e desencorajam colaboradores em potencial.